"Dou graças àquele que me fortaleceu, a Cristo Jesus nosso Senhor, porque me julgou fiel, pondo-me no seu ministério" -
I Tm 1:12. Segundo definição do dicionário Aurélio, ministério é cargo, incumbência, cumprir os deveres do seu ministério, o ministério cristão. Trata-se, portanto, de um serviço que se presta a outros. Devemos compreender que um ministério não é algo em que nós deliberadamente nos colocamos. É somente Deus e o Seu Espírito Santo que pode conceder um ministério: "Mas todas as coisas provêm de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Cristo, e nos confiou o ministério da reconciliação" (II Co 5:18). O ministério não é nosso. Não somos detentores do ministério, não é algo que possuímos. Nós fomos colocados no ministério do Senhor, por Ele mesmo, porque fomos achados fiéis, e porque nos foi concedida misericórdia de Sua parte (II Co 4:1). Deus jamais permitirá que infiéis e injustos permaneçam no seu ministério: "Tu não tens parte nem sorte neste ministério, porque o teu coração não é reto diante de Deus" (At 8:21). Todavia usará de misericórdia com aqueles que sinceramente desejam servi-lo, com o pouco que tem. Qualquer capacidade para o ministério não é proveniente de nossa formação intelectual, seja ela qual for. Consideremos que existia alguém com formação intelectual, este era Paulo. Era mestre na escrituras judaicas, instruído aos pés de Gamaliel, conhecedor da lei de Deus como ninguém, e de muitas disciplinas acadêmicas, haja visto a linguagem e o teor profundo de suas epístolas. Todavia, o mesmo Paulo declara: "Não que sejamos capazes, por nós mesmos, de pensar alguma coisa, como se partisse de nós mesmos, mas a nossa capacidade vem de Deus. Ele nos fez também capazes de ser ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; pois a letra mata, mas o Espírito vivifica" (II Co 3:5-6).
Assim, pois, de quem é este ministério? Consideremos o que diz II Coríntios 3:7-11: "E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória. Como não será de maior glória o ministério do Espírito? Porque, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça. Porque também o que foi glorificado nesta parte não foi glorificado, por causa desta excelente glória. Porque, se o que era transitório foi para glória, muito mais é em glória o que permanece". Fica claro que o ministério é do Espírito Santo. Não somos nós que decidimos o que fazer, quando e de que forma, mas necessitamos da direção do Espírito a fim de realizarmos o trabalho que Ele tem para nós, pois o ministério é dele. Ele fala através de nós. É o tesouro em vaso de barro (II Co 4:7). É verdade que somos limitados e finitos, mas aprouve a Deus colocar em nós Seu Espírito, manifestar-se a nós e através de nós. O próprio Jesus não iniciou seu ministério sem antes o Espírito Santo descer sobre ele. Antes disso, ele não pregou, não curou ou exerceu qualquer serviço. Isto nos leva a refletir sobre nossa posição atual. Se iniciarmos um ministério, um serviço a Deus, sem convicção do nosso chamado, ou se, no desenvolvimento da nossa vida espiritual, começamos a participar em algum ministério, mas não buscamos em Deus uma Palavra que confirme este chamado, e nos firme nele, certamente corremos o risco de naufragar. Podemos observar que não são poucos os cristãos que começam algo e não concluem, ou não chegam a lugar algum, encontrando sempre uma justificativa para sua desistência. Consideremos que o desejo de Deus é nos fazer participantes do ministério do Seu Espírito Santo, pois para isto mesmo ele "... subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e concedeu dons aos homens" (Ef 4:8). "A manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil" (I Co 12:7). Assim sendo, há um lugar para todo cristão que sinceramente deseja servir ao Senhor, com um coração reto.
Deus abençoe!
Ronaldo Bezerra
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário